Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Se paivante é na gíria um sinónimo de cigarro, esse era também o nome depreciativo dado pelos revolucionários aos monárquicos que, inconformados com o golpe de 5 de Outubro, decidiram seguir Paiva Couceiro, o carismático militar que se veio a afirmar como líder da resistência monárquica no projecto político-militar restauracionista. Desse combate apenas viria a desistir aos 76 anos quando o Estado Novo o condenou ao último de vários exílios. Esta é uma canção satírica de cariz político republicano, intitulada “Republicana”, gravada entre 1911 e 1914 em Lisboa para a editora alemã Odeon.
Este e muitas outras gravações portuguesas antigas podem ser escutadas aqui.
Só o fonógrafo, Zé Fernandes, me faz verdadeiramente sentir a minha superioridade de ser pensante e me separa do bicho. Acredita, não há senão a Cidade, Zé Fernandes, não há senão a Cidade!
(...)
Eram as senhoras que desejavam ouvir no Fonógrafo uma ária da Patti!
O meu amigo sacudiu logo os ombros, numa surda irritação: - Ária da Patti... Eu sei lá! Todos esses rolos estão em confusão. Além disso o Fonógrafo trabalha mal…
Eça de Queiroz
A Cidade e as Serras
Uma modernice do inicio do século XX, pela actriz e cantora Medina de Sousa.
Este e muitas outras gravações portuguesas antigas podem ser escutadas aqui.
Joaquim Duarte Ferreira, farmacêutico natural do Tramagal solicita a Vossa Majestade a graça de lhe ser concedida, pelo tempo de dez annos, a patente de introdução de nova industria para “O fabrico e gravação de discos” destinados a reproduzir o som em aparelhos apropriados, assim como o fabrico de cilindros para o mesmo fim.
Boletim de propriedade industrial, 1904, p. 34
in "Machinas Fallantes – A música gravada em Portugal no início do Século XX” publicado pela Tinta da China.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.