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Tenho muitas dúvidas que a nova ““lei da cópia privada” e a respectiva taxa sobre os suportes de gravação digital adiante alguma coisa na luta inglória contra a pirataria e muito menos que venha a compensar as suas verdadeiras vítimas. Até eu em minha casa já desisti de controlar a forma como os miúdos acedem a toda a sorte de conteúdos que vêm e escutam nos seus computadores ou gadgets – a pirataria vulgarizou-se, é socialmente aceite, e, ironia do destino, na vertigem do gratuito ninguém quer mais saber da qualidade (lastimável) como consomem.
Mas mais importante do que embarcar no protesto fácil contra esta lei (de notar que a taxa já existia incidindo sobre os aparelhos analógicos entretanto caídos em desuso), seria bom um debate focado em soluções para a questão da cópia ilegal: a extrema facilidade com que pela Internet, através de recursos hoje vulgarizados, se trafica da forma impune toda a sorte de produtos audiovisuais assim “desmaterializados”. Esta realidade vem alterando de forma radical ao longo das últimas décadas todo um modelo de negócio da indústria da edição musical sem que se vislumbre uma fórmula de remuneração equitativa para os seus intervenientes. E quem gosta de boa música ou bom cinema, por exemplo, devia preocupar-se a sério com estes assuntos.
Este e muitas outras gravações portuguesas antigas podem ser escutadas aqui.
Carmen Miranda, ou a “brasileira” de Marco de Canaveses (1909 -1955), estrela de Hollywood é referência obrigatória do espólio fonográfico da primeira metade do século XX. Aqui partilho "Upa Upa" do filme "Brazil" em que a artista canta uma marcha acompanhada com o Bando da Lua, um tema de Ary Barroso e Ervin Drake dum Disco DECCA - L3729 gravado em 1945.
Este e muitas outras gravações portuguesas antigas podem ser escutadas aqui.
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