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O que será feito destes discos “double face” os “melhores em nitidez e duração” e da referenciação biográfica de todos estes “auctores nacionais” aqui anunciados pela marca “Simplex” de J. Castello Branco na revista Ilustração Portuguesa de Abril 1908?
Este disco Regal RS 637 de 1927 exibe no lado a “Fado das Penas”, um fado à maneira de Coimbra pela cantora Margarida d' Oliveira. Sobre a artista, o mais que consegui descobrir (note-se que estou limitado à pesquisa na internet) foi esta curta referência feita por Octávio Sérgio que tem publicado em blog alguma investigação sobre a guitarra de Coimbra. Um dia se eu tiver direito a reforma, prometo que me dedicarei a ir ao terreno pesquizar, retirar do baú, compilar e divulgar toda investigação existente sobre o espólio fonográfico da música popular portuguesa: é profundamente lamentável e um perturbador sinal de atraso económico e social a falta de informação disponível, tanto das obras quanto dos nossos artistas pioneiros na gravação sonora.
Este e muitas outras gravações portuguesas antigas podem ser escutadas aqui.
"A quem não pode mais nada, o servir também consola"
O Costa do Castelo
Este e muitas outras gravações portuguesas antigas podem ser escutadas aqui.
Milú, e "A Minha Casinha" de Silva Tavares - António Melo
Do filme "O Costa do Castelo"
Orquestra de Fernando Carvalho
Parlophone
DP 18
Londres
Esta é a minha mais recente aquisição, "Saint Louis blues" de W.C. Handy (1873 -1958) interpretada pelo quinteto "Original Dixieland Jazz Band", um Blues cantado ao ritmo Foxtrot mas que nos remete claramente para o Jazz, estilo que então despontava nas imediações de Nova Orleans. Rotulada como Fox - Trot, esta gravação 8772-A His Master’s Voice - Victor de 1921 é tida como a primeira versão registada com acompanhamento vocal, no caso interpretada por Al Bernard (1888- 1949). Alfred A. "Al" Bernard foi um popular cantor de vaudeville “blackface singer” de New Orleans, Louisiana cognominado "The Boy From Dixie" que teve o seu auge de popularidade nos anos dez e vinte do século passado. Repare-se no estilo gingão da vocalização "à negro” e nas harmonias Blues que hoje nos são familiares e no arrojado improviso da corneta no final.
Com um toque inicial de “Tango”, ritmo muito em voga na época, este delicioso tema "Saint Louis blues" de W.C. Handy, conhecido como o "Hamlet do jazz", foi o primeiro grande sucesso de uma canção Blues, e ainda hoje é um clássico do reportório jazz, tendo sido interpretada ao longo dos tempos por diferentes artistas como Louis Armstrong e Bessie Smith, passando por Count Basie, Glenn Miller, Guy Lombardo ou a Boston Pops Orchestra.
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