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"I'll Say she Does" pelo All Star Trio gravado em 1919 para a Victor HMV é um primitivo Foxtrot, uma música de dança popularizada depois da I Guerra Mundial e com o seu auge na louca década de 1930 quando era tocada pelas célebres “big bands” de Jazz. É curioso como as editoras discográficas rotularam os primeiros discos de “rock and roll” como sendo foxtrot, um ritmo inicialmente mal recebido na Europa, onde foi visto como uma perniciosa “americanada”.
Este disco para crianças "Kiddyphone", do princípio dos anos 30, vale também pela originalidade do rótulo e pelo tamanho muito reduzido 6" polegadas (os "singles" têm, 7").
Ontem na sua crónica musical “Se as Canções Falassem” (blog desde já na barra lateral) transmitida diariamente de segunda a sexta na Antena 1, Miguel Esteves Cardoso homenageava com justiça o compositor americano Harold Arlen com uma curiosa interpretação por Etta James do seu tema "Stormy Weather", originalmente integrante da banda sonora do filme Cotton Club nos primórdios do cinema sonoro. O que poucos conhecem, e desconfio que o popular cronista também não, é esta interpretação do tema pelo próprio Harold Arlen, para a gravadora Victor, num disco His Master’s Voice de 1933.
Louis Armstrong - "Blues for yesterday" em gravação de 1949
a tocar num Perpetuum Ebner - musical 2V, de 1958 a válvulas
Os velhinhos discos de goma-laca mantiveram-se muito populares até meados dos anos 50, o advento da alta-fidelidade das micro espiras em vinil. Acontece que os mais modernos 78 rpm's com gravação ortofónica (eléctrica e equalizada) soam mal no gramofone de amplificação mecânica (campânula) e surpreendentemente bem num gira-discos portátil de válvulas. A performance desses aparelhos era perfeitamente adequada à amplitude de frequências gravadas dos profundos e resistentes sulcos desses discos.
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